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O MUSEU DE BIOLOGIA PROFESSOR MELLO LEITÃO

Vista da primeira entrada do Museu Mello Leitão.
Foto: autor desconhecido; início dos anos 50

O Museu de Biologia Professor Mello Leitão foi fundado na cidade de Santa Teresa, Espírito Santo, em 26 de junho de 1949 pelo naturalista Augusto Ruschi. Em seu Estatuto, publicado no Diário Oficial do estado em 1955, lê-se que a finalidade principal da nova instituição seria “o estudo, desenvolvimento e vulgarização da História Natural e Antropologia, particularmente do Espírito Santo e Brasil” e que suas atividades de pesquisa ficariam organizadas nas seções de: 1. Zoologia; 2. Botânica;3. Geologia, Mineralogia e Paleontologia; e 4. Antropologia, Etnologia e Arqueologia. Sua estrutura comportaria, ainda, “um Horto Botânico, um Jardim Zoológico e uma ou mais Estações Biológicas”.

Na primeira página do Diário do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, escrita por seu idealizador e fundador, consta ainda que esse “instituto de pesquisa pura e aplicada” foi fundado “no local e prédio onde se achava instalado o laboratório de estudos e preparo de material para o Museu Nacional do Rio de Janeiro, subordinado ao Ministério da Educação, durante os anos de 1939 até a presente data de 26 de junho de 1949”, e que seu nome foi dado em homenagem ao zoólogo Cândido Firmino de Mello Leitão – o “mestre e amigo” de Ruschi, falecido em 14 de dezembro de 1948, que lhe facilitara o ingresso no Museu Nacional, onde Ruschi fez sua carreira como botânico e professor.

Após 34 anos funcionando como instituição particular e exibindo um histórico importante de serviços prestados à biologia e à ecologia, o museu de Ruschi foi incorporado pela Fundação Nacional Pró-Memória (FNPM), do Ministério de Educação e Cultura (MEC), em 5 de dezembro de 1983. Nas palavras do antigo dono, o que motivou sua decisão de “extinguir” seu museu e transferir toda sua estrutura e coleções àquele órgão federal, foi a ausência de condições financeiras próprias para continuar mantendo seu patrimônio e financiando a expansão das pesquisas biológicas (RUSCHI, 1984, pp. 8-9).

Finalmente, e na mesma sintonia pela manutenção e expansão desse importante patrimônio público, a instituição federal foi transferida para a tutela do Ministério da Ciência e Tecnologia (hoje, MCTIC), em 5 de fevereiro de 2014, sendo incorporada à estrutura do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), especialmente criado para esse fim.

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