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Instituto Nacional da Mata Atlântica leva interatividade e exposições para estudantes durante a Semana de Ciência e Tecnologia

  Foi realizada de 16 a 21 de outubro no Instituto Nacional da Mata Atlântica (Museu de Biologia Prof. Mello Leitão), em Santa Teresa, a Feira “Ciência e Sociedade”, dentro da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018, organizada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A Feira contou com atividades […]

 

Foi realizada de 16 a 21 de outubro no Instituto Nacional da Mata Atlântica (Museu de Biologia Prof. Mello Leitão), em Santa Teresa, a Feira “Ciência e Sociedade”, dentro da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018, organizada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A Feira contou com atividades expositivas e interativas para estudantes e visitantes de várias partes do Espírito Santo. Curiosos, questionadores e entusiasmados. Assim estiveram os alunos do 6° ano da EMEF Adwalter Ribeiro Soares, de Colatina. A garotada visitou o Parque do Museu Mello Leitão e o Pavilhão de Ornitologia, onde existe uma coleção de animais taxidermizados.

A fauna e flora puderam ser observados nos estandes de zoologia, botânica e espécies ameaçadas no auditório do INMA/Museu. “As crianças adoraram essa experiência já que poucos deles tiveram a oportunidade de conhecer as dependências do Museu. Eles ficaram superconcentrados”, relatou a diretora da EMEF, Lisandra Senra Avancini Bendineli.

Eles também viram como o húmus (que forma o adubo orgânico) é produzido pelas minhocas na terra, com a apresentação da peça “Minhoquinhas em Ação” protagonizada pelos usuários da Associação Pestalozzi de Santa Teresa.

Mais Ciência

Os alunos do 8° ano da Escola João Crisóstomo Beleza, de Cariacica (ES), se encantarem nas dependências do INMA/Museu. Eles acompanharam a roda de conversa dos professores Dr. Elidiomar Ribeiro da Silva (UNIRIO), Dra. Luci Boa Nova (UFRJ ) e Dr. Arlindo Serpa (INMA) sobre biologia cultural.

A didática utilizada pelos professores foi muito instrutiva pois utilizou personagens do cinema, de desenhos, da internet e da televisão para passar informações sobre os animais e plantas de forma mais lúdica e didática. Como o professor Elidiomar explicando a história do homem morcego:

“O Batman é um personagem inspirado no morcego e quando ele era criança um morcego entrou em sua casa, quebrou uma vidraça e ele se assustou muito com aquilo. Por que acontece isso?! É o processo de destruição dos ambientes naturais desalojando o morcego e outras espécies de suas moradias e eles passam a conviver com a gente”, informou o professor, acrescentando que pouquíssimas espécies de morcego causam danos as pessoas. “A maioria se alimenta de insetos e frutas”, finalizou.

Os alunos visitaram ainda os estandes expostos no auditório do INMA/Museu. Puderam sentir o cheiro e identificar as flores no setor de botânica, conhecer as espécies ameaçadas de extinção e ver alguns animais taxidermizados (empalhados) como a anta gigante, o morcego e o gavião.

A aluna July Anne Gus Soares ficou interessada na história de Augusto Ruschi, sentiu muito a perda do Museu Nacional e disse que entende a importância da preservação dos museus pelo mundo. “É nossa história sendo contada”, disse.

 

Para o diretor do INMA/Museu, Sérgio Lucena, a Semana da Ciência é uma forma de interatividade e de conhecimento sobre como a ciência está inserida em nosso dia a dia.

“Em tudo o que fazemos está a ciência, o aprendizado. Durante a 15ª Semana de Ciência e Tecnologia apresentamos ao visitante os trabalhos que estão sendo realizados no Instituto e interagimos com a sociedade local: moradores, estudantes, professores, etc. O objetivo é aproximar a ciência e tecnologia da população”, enfatizou Lucena.

 

 

Instituto Nacional da Mata Atlântica

O INMA foi criado em 5 de fevereiro de 2014 pela Lei 12.954, que transferiu o antigo Museu de Biologia Prof. Mello Leitão da estrutura do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) para a estrutura do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

O Instituto realiza pesquisas, promove a inovação científica, forma recursos humanos, conserva acervos e dissemina conhecimento nas suas áreas de atuação, relacionadas à Mata Atlântica, propiciando ações para a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

O Museu, que foi implementado pelo cientista Augusto Ruschi em 1949, completará 70 anos em 2019 e está vinculado ao Instituto. Para comemorar o aniversário os setores de pesquisa em zoologia, botânica, biblioteca, divulgação científica e o projeto espécies ameaçadas estão preparando vários eventos científicos culturais para o próximo ano.